terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

ACHO QUE VI UM CENTAURO: O CASEIRO DO SÍTIO QUE CUIDAVA DE PAPAI

O CASEIRO DO SÍTIO DE MEU IRMÃO, ONDE PAPAI ESTAVA A PASSAR UMA TEMPORADA, ABRIU O PORTÃO E REVELOU-SE...UM CENTAURO! ANTE À MINHA INAÇÃO, ELE CURVOU SEU TORSO HUMANO JUNTO À JANELA DO CARRO E ME INDICOU ONDE ESTACIONAR.
- DESCULPE POR MINHA REAÇÃO, ANTÔNIO! DIGAMOS QUE NÃO ESPERAVA POR ISSO! - FALEI, PASSANDO A MÃO NOS PELOS MARRONS DE SEU DORSO EQUINO.
- EU ENTENDO: ESTOU ACOSTUMADO! - MINIMIZOU O HOMEM-CAVALO DE CAVANHAQUE E BARRIGA TRINCADA.
- PAPAI DEVE IMPLICAR BASTANTE CONTIGO, NÃO? CONHEÇO O VELHO! - INSISTI.
- DE FILHO DE UMA ÉGUA, QUE NÃO É, CLARO, INSULTO PARA MIM, À QUADRÚPEDE E BURRO, JÁ ROLOU DE TUDO... - RELATOU ELE, RINDO.
- EU O ALERTEI QUE O PRÓXIMO CUIDADOR DELE SERIA UM HOMEM, PRA EVITAR OS ASSÉDIOS DO GARANHÃO OITENTÃO...IMAGINO O SUSTO DELE DAR DE CARA CONTIGO, MEU? - MENCIONEI, CURIOSO SOBRE O ENCONTRO DOS DOIS.
- ELE FICOU FURIOSO. BRIGOU COM SEU IRMÃO E FICOU EMBURRADO POR VÁRIOS DIAS. ATÉ QUE LHE FALEI: "SE TEM ALGUÉM AQUI QUE PODE FICAR EMBURRADO, SOU EU, SEU JOSUÉ, NÃO É?" ELE CAIU NA GARGALHADA E MUDOU DE ATITUDE PARA COMIGO... - EXPLICOU O CENTAURO, ABANANDO A BELA CAUDA DE PELOS BRANCOS PARA ESPANTAR AS MOSCAS.
- BENZA DEUS, MEU CARO ANTÕNIO! - ASSENTI, SUBINDO OS DEGRAUS RUMO À CASA PRINCIPAL.

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