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- VENHA CÁ MEU AMIGO, DÁ UM ABRAÇO DE BOAS VINDAS NO SEU PEIXÃO FAVORITO! - GRITOU ELE AO ME VÊ, DEITADO NO SOFÁ DA SALA, AS ESCAMAS DE SUA CAUDA RELUZENTES AO SOL.
- MAS QUE SURPRESA SURPREENDENTE CARLIM CURIMATÃ! - RESPONDI, SEM O MESMO ENTUSIASMO.
- VIXE! É IMPRESSÃO MINHA OU SENTIR UMA AURA DE INADEQUAÇÃO E REJEIÇÃO NO AR? NÃO VÁ ME DIZER QUE AINDA GUARDA RANCOR DAQUELE MAL ENTENDIDO RIDÍCULO, AMARAL? - REBATEU ELE, GIRANDO A PESADA CAUDA E FICANDO SENTADO NO ESTOFADO QUE FICARIA FEDENDO A PEIXE.
- DIGAMOS QUE EU NÃO TENHA A CABEÇA DE BAGRE QUE PARECES TER, CARLIM! - DISSE, SEM RODEIOS!
- PODE ME INSULTAR DO QUE QUISER. SOU CABEÇA DE BAGRE, ESPINHOSO, ESCAMOSO, ESCORREGADIO, REIMOSO... UM HOMEM BONITO COM UM RABAÇO DE PEIXE QUE NÃO QUER PERDER SUA AMIZADE. SE PARA HOMENS COMO VOCÊ É DIFÍCIL ARRANJAR UM AMIGO VERDADEIRO, QUE DIRÁ PARA UM TRITÃO COMO EU. ME DÊ MAIS UMA CHANCE, OK? - IMPLOROU ELE, ME PUXANDO PARA UM ABRAÇO FRATERNAL E CALOROSO.
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