sexta-feira, 14 de agosto de 2015

CAVALGADA: CENTAURO DO SERTÃO

COM O SOL PRESTES A SUMIR POR TRÁS DA CHAPADA DISTANTE, EPAMINONDAS ERGUEU O BRAÇO E APONTOU PARA A PARADA DA NOITE - UM IMENSO UMBUZEIRO, ÁRVORE SAGRADA PARA O POVO SERTANEJO.
SEGUNDO EUCLIDES DA CUNHA, " ALIMENTA-O E MITIGA-LHE A SEDE. ABRE-LHE O SEIO ACARICIADOR E AMIGO, ONDE OS RAMOS RECURVOS E ENTRELAÇADOS PARECEM DE PROPÓSITO FEITOS PARA A ARMAÇÃO DAS REDES BAMBOLEANTES". E ASSIM FOI FEITO.
O JOVEM E FORTE CENTAURO COORDENOU A ACOMODAÇÃO DO BANDO DE SETE VAQUEIROS SOB O VASTO ARVOREDO, MANDANDO ACENDER FOGUEIRAS PARA ESPANTAR AS COBRAS JUNTO AOS CAVALOS. ÚNICO HOMEM-CAVALO DO GRUPO, ERA RESPEITADO POR TODOS, QUE OUVIAM EXTASIADOS SUAS HISTÓRIAS ENQUANTO COZINHAVAM E SABOREAVAM O JANTAR.
SENTADO NAQUELE TRECHO DE TERRA MENOS ÁRIDA SOB A DENSA COPA , ELE DEPENDURARA O PESADO GIBÃO DE COURO EM UM DOS MUITOS GALHOS. USAVA-O, COMO TODOS ALI, PARA PROTEGER SEU TORSO HUMANO DA VEGETAÇÃO RETORCIDA E ESPINHENTA DA CAATINGA.
CANSADOS, HOMENS E CENTAURO DORMIRAM CEDO. O IMENSO ANIMAL DEITADO NO CHÃO PRÓXIMO À UMA FOGUEIRA, TENDO EM VOLTA AS REDES DOS COMPANHEIROS DE JORNADA.

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