-RAPAZ, ESSA SUA BOLA CAIU NO ESTÁBULO E ASSUSTOU MEUS CAVALOS! ESPERO QUE ISSO NÃO SE REPITA, ME FIZ ENTENDER? - VOCIFEROU O CENTAURO, TROTANDO EM MINHA DIREÇÃO COM A BOLA COM QUE JOGAVÁMOS NAS MÃOS.
- DESCULPE, SENHOR! - CONSEGUI MURMURAR. ERA A PRIMEIRA VEZ QUE VIA UM CENTAURO E ISSO É ALGO QUE ABALA E QUE NINGUÉM MAIS ESQUECE.
- A BOLA CAIU NO LOMBO DE UMA DAS ÉGUAS, EXATAMENTE NUMA QUE ESTÁ EMBUCHADA. UM SUSTO DESSES PODIA TÊ-LA FEITO PERDER O POTRINHO ... - ELE COMENTOU, BALANÇANDO SUA PESADA CAUDA ENQUANTO FALAVA COMIGO.
- SINTO MUITO... - DISSE, CABISBAIXO.
- PORTANTO, EVITEM JOGAR PERTO DE MINHA PROPRIEDADE. QUEM IRIA VIR FALAR COM VOCÊS ERA MEU FILHO, UM GARANHÃO ESQUENTADO E PARRUDO... MAS ACHEI MAIS PRUDENTE VIR E APELAR PARA O BOM SENSO. SEU E DE SEUS PARCEIROS DE JOGO! ESPERO NÃO TER FEITO A ESCOLHA ERRADA, OK? - ELE FALOU, JOGANDO A BOLA DE COURO PARA MIM.
- NÃO, SENHOR! PODE FICAR TRANQUILO QUE ISSO NÃO MAIS SE REPITIRÁ... - PROMETI.
- ATÉ PORQUE A ÚLTIMA COISA QUE VOCÊ IRÁ QUERE VER É UM CENTAURO QUE NÃO ESTEJA TRANQUILO. A CAPACIDADE DE NOS TORNAR EXTREMAMENTE VIOLENTOS É MITOLÓGICA... - FINALIZOU O HOMEM-CAVALO, VOLTANDO-SE, ABANANDO A CAUDA E DISPARANDO NUM GALOPE QUE ME ENVOLVEU NUMA NUVEM DE POEIRA.
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