- VENHA CÁ., MOISÉS! - GRITEI, CHAMANDO O JOVEM CENTAURO PARA UMA CONVERSA. ELE VEIO NUM GALOPE BONITO DE SE VER.
- OLÁ, SEU JARBAS! PRAZER EM CONHECÊ-LO! - ELE TROTOU MAIS LENTAMENTE EM MINHA DIREÇÃO, ME ESTENDENDO A MÃO COM FIRMEZA.
- EU IA PEDIR PARA VOCÊ DESMONTAR ... MAS ACHO QUE ISSO É IMPOSSÍVEL, NÃO? - PROVOQUEI-O, COFIANDO MINHA FARTA BARBA.
- A TELMINHA JÁ HAVIA ME FALADO DO SEU SENDO DE HUMOR... NÃO POSSO DESMONTAR E IMAGINO QUE ISSO O INCOMODE, NÃO? - RETORQUIU O RAPAZ, COM DESENVOLTURA.
- BOM, VOCÊ NÃO CRIA UMA FILHA PARA VÊ-LA NAMORANDO UM... CAVALÃO, NÉ? - DISSE, ENCARANDO-O.
- CONCORDO PLENAMENTE. EU ATÉ TENTEI ME AFASTAR DA SUA FILHA, SEU JARBAS MAS ALGO MAIOR E MÚTUO NÃO PERMITIU. NÓS NOS AMAMOS MUITO! E CONFESSO TER TODO O RECEIO DO MUNDO DE MACHUCÁ-LA, TANTO FÍSICA COMO EMOCIONALMENTE. NÃO SERÁ FÁCIL PARA ELA: O PRECONCEITO É ENORME... - ATESTOU O BELO RAPAZ, REVELANDO MAIS MATURIDADE DO QUE SUA JOVIAL APARÊNCIA PODERIA SUPOR.
- MEU CARO, APESAR DESSAS QUATRO PATAS E DESSE RABÃO, VEJO QUE DE BURRO VOCÊ NADA TEM... - PROVOQUEI-O DE NOVO, DESTA VEZ DESLIZANDO A MÃO POR SEU DORSO EQUINO COBERTO COM UM PELO MACIO E NEGRO QUE RELUZIA AO SOL.
- DISSO EU NUNCA TIVE DÚVIDAS, SOGRÃO! - GRACEJOU ELE, BALANÇANDO A PESADA CAUDA DE LONGOS PELOS QUE QUASE ARRASTAVAM NO CHÃO.
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