sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

MACHO ALADO: "AO SENTIR O TOQUE SUAVE DAS PENAS DA ASA DO PARCEIRO, ENTREABRIU OS OLHOS E SORRIU..."

O MACHO ALADO POUSOU COM SUAVIDADE NO TELHADO DA CASA DO NOVO NAMORADO, DESATOU O MANTO VERMELHO QUE TRAZIA AMARRADO EM TORNO DA CINTURA E AVANÇOU SORRATEIRO ATÉ O OUTRO LADO DA CASA. QUALQUER BARULHO PODERIA DESPERTAR A VIZINHANÇA E TORNÁ-LO ALVO DA CURIOSIDADE POPULAR.

COM O EQUILÍBRIO OTIMIZADO PELAS ASAS, O RAPAZ NU ANDOU SOBRE A PLATIBANDA QUE SEPARAVA OS TELHADOS DE AMIANTO E PULOU PARA A VARANDA DO QUARTO DO SEU AMADO. PULOU NÃO SERIA BEM A PALAVRA. ELE PLANOU, DE MODO A TOCAR A LAJE EM SILÊNCIO.

ENTÃO RECOLHEU AS ASAS, E ABRIU A PORTA DEIXADA DESTRANCADA. PARA EVITAR DESPERTÁ-LO ABRUPTAMENTE, LIVROU-SE DAS SANDÁLIAS DE COURO COSTURADAS POR UM TIO SAPATEIRO E  SE DEITOU NO LEITO. AOS POUCOS, COMO QUE SE LIVRANDO DO ABRAÇO FIRME DE MORFEU, SEU NAMORADO COMEÇOU A DESPERTAR. E, AO SENTIR O TOQUE SUAVE DAS PENAS DA ASA DO PARCEIRO, ENTREABRIU OS OLHOS E SORRIU...  

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