OS CHIFRES PROEMINENTES E VERTICAIS E O TEMPERAMENTO DIFÍCIL ATESTAVAM O PARENTESCO. QUANDO O FILHO PAROU O CARRO COM O TETO PANORÂMICO ABERTO E AS PONTAS DOS CHIFRES À MOSTRA, O VELHO HOMEM PRESSENTIU PROBLEMAS.
E OBSERVOU O FILHÃO BARBUDO BAIXAR A CABEÇA PARA SAIR DO CARRO, POUSANDO OS CASCOS DE BODE NA TERRA BATIDA. PELO MENOS NÃO TENTARA VESTIR CALÇAS, EMBORA A CAMISA BRANCA DE MANGAS COMPRIDAS DESTOASSE DO AMBIENTE RURAL.
O ABRAÇO ENTRE PAI E FILHO FOI FORTE, OS PAUS NUS EMBARALHADOS NAS PÉLVIS PELUDAS DOS BODES QUE ERAM. O FILHO IMPLICOU COM AS UNHAS PINTADAS DE PRETO DO VELHO E AMBOS SENTARAM OS RABOS PELUDOS E NUS EM CADEIRAS DE BALANÇO NA VARANDA. O PAI ESTRANHOU O RABO COTÓ DO FILHO E O FILHO SE SURPREENDEU COM A CAUDA DE QUASE UM METRO DO PAI.
- PAI, VOU TE LEVAR PARA VER MEU VETERINÁRIO. TEU MARIDO ME LIGOU PREOCUPADO. SERÁ BOM PARA TODOS: O SENHOR SE CONSULTA E VÊ SEU NETO E MEU MARIDO, OK?
- EDUARDO JORGE, TEU PAI, ESSE BODE VELHO, É UM XAMÃ! EU DOMINO A CURA PELAS ERVAS E MAGIAS. NÃO PRECISO DO TEU VETERINÁRIO.
- PRECISA SIM, MEU AMOR. JÁ PREPAREI SUA SACOLA. FAÇA ISSO POR MIM, OK? - INTERVEIO O MARIDÃO DE PAPAI, ME BEIJANDO O ROSTO COM CARINHO
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