OS DESÍGNIOS INEXPLICÁVEIS DO DESTINO ACABARAM POR PROVOCAR O ENCONTRO CASUAL ENTRE DOIS HOMENS-CAVALOS SOLITÁRIOS NUMA DESSAS ENCRUZILHADAS DA VIDA. O TROTAR DAS PATAS E A POEIRA QUE ELAS LEVANTAVAM FORAM PERCEBIDOS À DISTÂNCIA.
E O RECEIO MÚTUO DE SE DEPARAR COM HUMANOS TAMBÉM. COMO REAGIRIAM À PRESENÇA DE UM CENTAURO? SÚBITO, NA CABEÇA DE AMBOS, O MEDO DA REJEIÇÃO SE INSTALOU E UM PENSAMENTO COMUM TOMOU CONTA DELES: EVITAR TAL ENCONTRO!
O CANSAÇO E O DESEJO DE PROVOCAR CERTO CONSTRANGIMENTO POR SEREM QUEM ERAM PESOU MAIS FORTE E SEGUIRAM ADIANTE NUM GALOPE DETERMINADO. QUANDO AFINAL DE VIRAM, A SURPRESA FOI INEVITÁVEL. ELES PARARAM, SE OLHARAM MAS NADA DISSERAM.
NO QUE PARECEU UMA ETERNIDADE MAS DUROU APENAS ALGUNS SEGUNDOS, FICARAM EM SILÊNCIO A SE ADMIRAR MUTUAMENTE, OS LONGOS CABRLOS DE AMBOS ESVOAÇANTES AO VENTO...
ENTÃO UM SORRISO SE ESBOÇOU EM CADA ROSTO, REALÇANDO A BELEZA DOS DOIS. ROSTOS LINDOS, TORSOS HUMANOS TRINCADOS E DORSOS EQUINOS FORTES, GRANDES E RECOBERTOS COM PELOS QUE RELUZIAM AO SOL QUE NASCIA. UM COM PÊLOS MARRONS, O OUTRO COM PÊLOS EM TONS DE BEGE...
ELES TROTARAM LENTAMENTE, UM EM DIREÇÃO AO OUTRO, COMO SE NÃO ACREDITASSEM NO QUE VIAM E NO QUE SENTIAM. RETICENTES, RESSABIADOS... MAS ALGO MAIOR E MAIS INTENSO OS LIGAVA. E, AFINAL, FICARAM BEM PRÓXIMOS, UM CHEIRANDO O ODOR FORTE DO OUTRO, E SORRIRAM. E SE ABRAÇARAM FORTEMENTE, COM A ALEGRIA DE TER ENCONTRADO AQUILO QUE SEMPRE PROCURARAM MAS QUE ACHAVAM DESMERECER...
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