sexta-feira, 21 de setembro de 2018

ACHO QUE VI UM CENTAURO: QUE NÃO QUERIA DIVIDIR SUA CAÇA COM NINGUÉM

















CANSADA E FAMINTA, A MULHER NÃO RESISTIU E, AFINAL, EMERGIU DA MATA QUANDO O CENTAURO SE PREPARAVA PARA MATAR OUTRO VEADO. O QUE ELA NÃO IMAGINAVA ERA QUE A FLECHA SE VOLTASSE PARA ELA.

 PARALISADA PELO MEDO, ELA NÃO ENTENDEU A REAÇÃO DO HOMEM-CAVALO. DE TEZ CLARA, TORSO LEVEMENTE PELUDO E PELOS COR DE MEL, O ANIMAL APROXIMOU-SE DELA COM A FLECHA NO PONTO DE DISPARO.

- O QUE VOCÊ FAZ AQUI, MULHER? - FALOU ELE, COM CERTA RISPIDEZ NA VOZ.

- ME PERDI E ESTOU HÁ DOIS DIAS SEM COMER... - DISSE ELA, ATERRORIZADA.

- E ME RESOLVE APARECER JUSTO AGORA, QUANDO VOU PREPARAR ALGO PARA EU COMER... -  COMENTOU ELE, DESDENHOSO.

- POR FAVOR, ME DEIXE PREPARAR ALGO PARA A GENTE. COMO POUCO E PROMETO QUE SEI COZINHAR... - OFERECEU-SE ELA.

- SEI NÃO! - DISSIMULOU O ASTUTO CENTAURO, TROTANDO EM VOLTA DA CRIATURA QUE SURGIRA DO NADA.

- EU NÃO ACREDITO QUE UM HOMEM COMO VOCÊ VÁ NEGAR UM NACO DE CARNE DE VEADO À UMA MULHER FAMINTA COMO EU... - LAMENTOU-SE ELA.

- BEM QUE PODERIA TER SIDO UM MACHO ALTO, BARBUDO E PELUDO, NÃO? - FALOU CONSIGO MESMO O CENTAURO, CIENTE DA MÁ SORTE QUE TIVERA.     

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