"QUANDO ERA UM POTRINHO ARREDIO, SONHAVA EM SER COMO AS OUTRAS CRIANÇAS E TER PERNAS EM VEZ DE QUATRO PATAS. PURA SENSAÇÃO DE INADEQUAÇÃO, DE SER MUITO DIFERENTE.
AO ME TORNAR UM GARANHÃO BONITÃO, MUDEI DE IDEIA E ADORO SER O QUE SOU: UM HOMEM-CAVALO, UM CENTAURO, UM LEGÍTIMO FILHO DE UMA ÉGUA...
ANTES ERA FISSURADO NOS RABOS DOS RAPAZES METIDOS EM JEANS JUSTÍSSIMOS. NÃO MAIS! OU MELHOR DIZENDO: NÃO MAIS EXCLUSIVAMENTE. SIGO À VIRAR A CABEÇA AO VER UM JEANS BEM RECHEADO NA FRENTE E ATRÁS, MAS CURTO OLHAR TAMBÉM OS QUARTOS TRASEIROS DE OUTRO CENTAURO A PASSAR TROTANDO.
AQUELAS ANCAS EM BALANÇO COM UMA BELA CAUDA DE FIOS LONGOS QUASE À TOCAR O CHÃO ME ATRAEM COMO UM IMÃ. ADORO O CHACOALHAR DO SACO ESCROTAL ENTRE AS PATAS TRASEIRAS E O ENRIJECER DO PAU ENORME AO VER ALGUÉM DESEJÁVEL.
OS CARAS FICAM INTIMIDADOS PELO TAMANHO ENQUANTO OS OUTROS GARANHÕES ERGUEM AS CAUDAS, OFERECENDO OS RABOS PARA QUE EU MONTE..."
ANTÔNIO CAVALO, 35
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