sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024

MACHO ALADO: CORIOLÂNUS COLIBRI / ASINHAS ÁGEIS SUSTENTAM O CORPÃO DO MARMANJO FOLIÃO NU

 



JÁ ERA IMPOSSÍVEL NÃO OLHAR PARA O MARMANJO LINDO E ALTO QUE USAVA APENAS UMA REGATA BRANCA E TÊNIS, COM O PÊNIS A BALANÇAR À CADA PASSO TAL QUAL O BADALO DE UM SINO NO TOPO DE UM CAMPANÁRIO.

E, NO ENTANTO, AINDA HAVIA OUTRO ELEMENTO A ATRAIR OS OLHARES NADA VÃES: O PAR DE DIMINUTAS ASINHAS DE COLIBRI QUE ELE TINHA NAS COSTAS. MIÚDAS E APARENTEMENTE TÃO FRÁGEIS, INCAPAZES DE ERGUEREM UM HOMEM DAQUELE PORTE BEM ACIMA DO CHÃO.

MAS FOI VOANDO QUE AQUI ELE CHEGARA. COMO ASAS DE COLIBRI, AS ASINHAS BATIAM NUM RITMO FRENÉTICO, SUPORTANDO TODO O PESO DAQUELE HOMEM-ALADO DE FEIÇÕES CLÁSSICAS E UMA GENITÁLIA DESNUDA NADA PURITANA.

E ELE VEIO PARA SE DIVERTIR NA MAIOR FESTA POPULAR DO PLANETA: O CARNAVAL DO BRASIL! QUANDO MILHÕES DE FOLIÕES TOMAVAM AS RUAS NUMA DIVERSÃO SEM FIM... OU MELHOR: QUE DURAVA CINCO OU SEIS DIAS, CONFORME A DISPOSIÇÃO E O BOLSO DO BRINCANTE.

MEDO DE SER, EFETIVAMENTE, DEPENADO?  SEMPRE HAVIA. TODOS QUERIAM PEGAR NAS PENAS DE SUAS ASAS E ELE NÃO TINHA COMO EVITAR.  MAS PARTIA PRA PORRADA QUANDO ABUSAVAM E TENTAVAM LHE ARRANCAR UMA PENA QUE FOSSE. DE COLIBRI, O CARA VIRAVA UM CARCARÁ FAMINTO QUE AVANÇAVA COM SANGUE NOS OLHOS PARA O MOLESTADOR DE ASAS. 

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