VOLTAVA DE UM TRABALHO DE CORTE DE UMA ÁRVORE QUE AMEAÇAVA CAIR QUANDO FUI INTERCEPTADO PELA FIGURA ESBAFORIDA DE MINHA VIZINHA, D. ADALGISA.
- JONAS, VOCÊ NÃO VIU O PEDRINHO POR AÍ? - ELA FALOU, QUASE SEM VOZ.
- NÃO. D. ADALGISA. VENHO DO SÍTIO DO COMPADRE EUSÉBIO E NÃO O VI PELO CAMINHO NÃO... - INFORMEI, PARANDO MEU TROTE E APOIANDO O PESADO NO OMBRO.
- AQUELE PESTINHA SUMIU DE NOVO, JOSIAS. JÁ NÃO SEI O QUE FAZER, MEU FILHO! - LAMENTOU-SE A MULHER, NERVOSÍSSIMA.
- PRIMEIRAMENTE, SE ACALME, OK? DEIXE QUE EU VOU AJUDÁ-LA A PROCURAR O MENINO, OK? - PROPUS, TENTANDO ACALMÁ-LA.
- VOCÊ FARIA ISSO? - SURPREENDEU-SE ELA.
- PARA QUE SERVEM OS VIZINHOS AFINAL, HEIN? A SENHORA ESTÁ CANSADA DEMAIS PARA ANDAR. VENHA, MONTE EM MIM. A SENHORA SABE MONTAR NUM CAVALO SEM SELA? - SUGERI, OFERECENDO-ME PARA CARREGÁ-LA DURANTE A BUSCA.
- QUANDO MOCINHA COSTUMAVA MONTAR SIM... - ELA SE ANIMOU.
- ÓTIMO! É COMO ANDAR DE BICICLETA: NÃO SE ESQUECE! DEIXE EU ME ABAIXAR PARA FACILITAR A MONTARIA, OK? ISSO! AGORA AGARRE COM FORÇA NA MINHA CINTURA. PROMETO NÃO GALOPAR EM DISPARADA... - GRACEJEI.
- VALHA ME DEUS! - REAGIU ELA, APERTANDO-SE CONTRA MINHAS COSTAS.
- E VÁ DESCULPANDO: TÔ TODO SUADO, FEDORENTO. HOMENS E CAVALOS SÃO SERES DE CHEIRO FORTE. E EU SOU UMA MISTURA DOS DOIS , NÉ? - CONTINUEI, PROVOCANDO RISOS NA MULHER.
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